
1875. Ano de chegada de muitos de imigrantes ao Brasil. Ano que marcou o aumento da imigração italiana com a chegada de milhares de imigrantes saídos, sobretudo, das regiões do Norte da Itália: do Vêneto, da Lombardia, da Emília Romanha e do Piemonte. Muitos vinham do Sul da bota: da Campanha (Nápoles) e da Calábria, mas tantos outros eram oriundos de outras regiões. Belas iniciativas começam a ganhar espaço no Brasil, homenageando os imigrantes italianos que tanto contribuíram para a nova pátria.
Mas 1875 também foi o ano daquela que podemos chamar “grande imigração austríaca”. No mesmo ano, o Brasil passou a receber milhares de imigrantes austríacos vindos do Tirol, da Gorízia, do Friúl, da Boêmia. Alguns austríacos pioneiros já estavam por aqui anos antes, assim como imigrantes italianos e alemães.
Os quase 80.000 imigrantes austríacos que entraram no Brasil também contribuíram para a nova pátria, mas estão um tanto quanto “esquecidos” pelos descendentes. Com base nisso, propomos um “diálogo” sobre a imigração que não foi imigração italiana, haja vista que os imigrantes da região italiana do Tirol eram imigrantes austríacos de língua italiana e desde 1970 são chamados no Brasil “trentinos” por causa da influência cultural e política de Ongs e representações italianas sediadas em Trento, Itália.
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